publicado em: 25/03/2020
COMBATE AO COVID-19
O volume é referente a compras diretas, doações e parcerias público-privadas. Nos próximos três meses a pasta irá ampliar de 168 para 500 as unidades da Rede Sentinela no país para acompanhamento da doença
O Ministério da Saúde está ampliando para 22,9 milhões o número de testes que serão distribuídos para diagnosticar o Covid-19 no Brasil. Serão entregues ao Ministério da Saúde dois tipos diferentes de testes: aqueles que detectam o vírus na amostra (RT-PCR) e outros que verificam a resposta do organismo ao vírus (teste rápido de sorologia, quando são verificados os anticorpos, na resposta imunológica do corpo ao microorganismo invasor). Neste momento, o ministério definiu a aplicação dos testes em profissionais de saúde e de segurança, além da verificação dos casos graves e óbitos.
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Um novo protocolo está sendo definido para testar os casos mais leves nos postos de saúde ou unidades volantes. A ideia é utilizar a estratégia para cidades com mais de 500 mil habitantes e pode ser uma ferramenta, por exemplo, para conter surtos, isolando os pacientes infectados pelo Covid-19. Nos próximos três meses, ainda, o Ministério da Saúde irá ampliar a Rede Sentinela de Vigilância de Síndrome Gripal, que monitora a doença no país. A expectativa é que o número de estabelecimentos que fazem a coleta de amostras para vigilância aumente de 168 para 500 unidades em todos os estados. As ações visam garantir resposta adequada à emergência.
O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson de Oliveira, reforçou o esforço do governo brasileiro para aquisição de testes para diagnóstico de coronavírus em um cenário de pandemia. “É um esforço hercúlio. Estamos passando por uma pandemia, possivelmente a pior do século. O processo dos testes está em construção. Estamos buscando toda a disponibilidade de testes no mercado internacional. No território nacional, estamos usando toda a capacidade instalada, negociando com a Embrapa, com o Ministério da Agricultura, com a Polícia Federal para que emprestem suas máquinas e, assim, a gente possa rodar o maior número de testes”, destacou o secretário.
O volume de testes adquiridos é referente a compras diretas, doações e parcerias público-privadas. A iniciativa busca adequar à recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) de testar para isolar os casos da doença. Até o momento, 32,5 mil testes já foram distribuídos na rede pública de saúde em todo o país.
Para o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson de Oliveira, com a ampliação da testagem, o Brasil terá a oportunidade de identificar cada vez mais casos de coronavírus e, com isso, adotar medidas para isolamento e consequente diminuição da transmissão. “Testando mais pessoas, o Brasil será o país que provavelmente terá o maior número de casos confirmados de coronavírus porque será o que vai chegar mais próximo do número real de infectados”, disse o secretário de Vigilância em Saúde.
SOBRES OS TESTES
Para identificar o coronavírus são utilizados dois métodos diferentes de testes e ambos são rápidos. Contudo, um deles (RT-PCR em tempo real) necessita que o exame seja realizado em laboratório com uso de equipamentos. O segundo, é um teste rápido sorológico para detecção de anticorpos (IgM/IgG) e pode ser feito até mesmo nos postos de saúde ou unidades volantes.
1 – RT-PCR (biologia molecular) – o teste identifica o vírus no período em que está agindo no organismo. Desse tipo, foram comprados ou doados 14,9 milhões de testes, sendo 3 milhões adquiridos por meio da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz); 1,3 milhão comprado de empresas privadas; 600 mil de doação da Petrobrás; e 10 milhões, que ainda estão em negociação e deverão ser adquiridos no mercado nacional e internacional.
O uso desses testes é feito para diagnosticar casos graves internados. Além disso é utilizado na Rede Sentinela, ou seja, para acompanhar a evolução da doença no Brasil, como os sintomas dos casos mais graves associados ao vírus. Assim, para a vigilância, os testes são feitos em casos graves e amostragem de casos leves, como Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).
2 – Testes rápidos (sorologia) – o teste verifica a resposta do sistema imunológico ao vírus. Desse tipo, foram doados pela Vale do Rio Doce (5 milhões) e outros 3 milhões de testes foram comprados por meio da Fiocruz. Eles serão utilizados entre os profissionais de saúde e segurança para garantir a segurança e proteção deles.
Da Agência Saúde
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