publicado em: 10/05/2019
No próximo Domingo, 12 de Maio, comemora-se no Brasil o Dia das Mães, diante disso, é válido fazermos a seguinte reflexão:
Ainda hoje falar sobre saúde mental é um tabu, quando isso se relaciona à maternidade muitas vezes o assunto torna-se minimizado pela sociedade.
Existe uma idealização e cobrança exagerada para que a mãe esteja o tempo todo feliz, que jamais demonstre fraqueza, tristeza ou que admita que enfrenta alguma dificuldade ou problema com o seu maternar.
Tais ideias são reforçadas pela mídia, família e as mais diversas instituições, o que de alguma maneira contribui para que as mães (cerca de 70% segundo pesquisas na área) minimizem ou ocultem suas angústias por medo do estigma social de “ser uma mãe ruim”.
Independente do nível sociocultural, educacional ou religioso, qualquer mulher, em especial a mãe, pode desenvolver /apresentar algum transtorno mental, entre os quais o mais comum é a depressão.
A tarefa de cuidar e educar filhos são exaustivas, principalmente se essa mãe, além das tarefas relacionadas com a maternidade, trabalhar fora e não puder contar com uma rede de apoio ou com a cumplicidade do seu parceiro e/ou pai de seus filhos.
Se faz necessário que a sociedade como um todo lance um novo olhar para a saúde mental das mães, pois ela também constitui um fator importante para o bom desenvolvimento cognitivo e emocional dos filhos.
Também é fundamental que você mãe, olhe e cuide de si. Não se cobre tanto. Seja paciente consigo mesma.
Esqueça a ideia de ser a melhor mãe do mundo. Maternidade não é competição. Não tenha vergonha de falar sobre seus sentimentos e emoções e se for necessário busque ajuda profissional. Um bom profissional de psicologia pode ajudar nisso.
Lembre-se que quem cuida deve e merece ser cuidada!
Francilene Prado
CRP: 06/151586